O Focus da semana traz nova revisão baixista para a inflação de 2025, a terceira consecutiva. IPCA 2025 recuou de 4,46% para 4,45% e 2026 de 4,20% para 4,18%, enquanto 2027 permaneceu em 3,80%. A inflação provavelmente fechará o ano abaixo do topo da meta pela primeira vez em 6 anos. A última havia sido em 2019, quando terminou em 4,31%.
As expectativas para a atividade permaneceram estáveis em 2,16% (2025) e 1,78% (2026). Já para 2027 houve pequena revisão baixista de 1,88% para 1,83%. O mercado segue enxergando leve desaceleração ao longo do próximo ano, em meio às incertezas que as eleições presidenciais costumam trazer.
As projeções para o câmbio permanecem inalteradas em R$/US$ 5,40 (2025), R$/US$ 5,50 (2026) e R$/US$ 5,50 (2027). Apesar do risco fiscal que o ano eleitoral traz, a percepção de um dólar enfraquecido mundialmente se mantém.
A Selic foi mantida em 15,00% (2025), 12,00% (2026) e 10,50% (2027). A leitura implícita é de política monetária restritiva por período prolongado, com espaço para normalização apenas no primeiro trimestre do próximo ano.
Medianas sem mudança: –0,50% do PIB (2025), –0,60% (2026) e –0,40% (2027). Permanecendo um cenário de vigilância, sem novas informações que alterem a trajetória percebida de curto e médio prazo.
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)